Salmos 91

1: Palavras de Agur, filho de Jaque, o masaíta, que proferiu este homem a Itiel, a Itiel e a Ucal:

2: Na verdade eu sou o mais bruto dos homens, nem mesmo tenho o conhecimento de homem.

3: Nem aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do santo.

4: Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?

5: Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.

6: Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.

7: Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra:

8: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume;

9: Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão.

10: Não acuses o servo diante de seu senhor, para que não te amaldiçoe e tu fiques o culpado.

11: Há uma geração que amaldiçoa a seu pai, e que não bendiz a sua mãe.

12: Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.

13: Há uma geração cujos olhos são altivos, e as suas pálpebras são sempre levantadas.

14: Há uma geração cujos dentes são espadas, e cujas queixadas são facas, para consumirem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os homens.

15: A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e com a quarta, nunca dizem: Basta!

16: A sepultura; a madre estéril; a terra que não se farta de água; e o fogo; nunca dizem: Basta!

17: Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe, corvos do ribeiro os arrancarão e os filhotes da águia os comerão.

18: Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço:

19: O caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem.

20: O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal!

21: Por três coisas se alvoroça a terra; e por quatro que não pode suportar:

22: Pelo servo, quando reina; e pelo tolo, quando vive na fartura;

23: Pela mulher odiosa, quando é casada; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora.

24: Estas quatro coisas são das menores da terra, porém bem providas de sabedoria:

25: As formigas não são um povo forte; todavia no verão preparam a sua comida;

26: Os coelhos são um povo débil; e contudo, põem a sua casa na rocha;

27: Os gafanhotos não têm rei; e contudo todos saem, e em bandos se repartem;

28: A aranha se pendura com as mãos, e está nos palácios dos reis.

29: Estes três têm um bom andar, e quatro passeiam airosamente;

30: O leão, o mais forte entre os animais, que não foge de nada;

31: O galgo; o bode também; e o rei a quem não se pode resistir.

32: Se procedeste loucamente, exaltando-te, e se planejaste o mal, leva a mão à boca;

33: Porque o mexer do leite produz manteiga, o espremer do nariz produz sangue; assim o forçar da ira produz contenda.